

Rachel achava que seu maior problema era outro término de relacionamento – até que ela encontrou um perfil de namoro com seu rosto, seu nome e palavras que ela nunca escreveu. De repente, a questão não era mais por que eles sempre terminavam , mas quem estava fingindo ser eles o tempo todo.
O café cheirava a café expresso queimado e rolinhos de canela. Havia uma música suave tocando ao fundo — algo jazzístico e lento — mas ela não conseguia abafar o tique-taque do relógio acima do balcão.
Cada segundo se estendia como um caramelo. Meus dedos se fecharam com mais força em volta da xícara de café quente na minha frente.
O vapor já havia se dissipado há muito tempo, mas eu ainda não tinha tomado um gole. Eu não estava com sede. Eu esperei.
Fiquei olhando para a porta, depois para o relógio, depois para o meu telefone. Li sua mensagem pela quinta vez, como se desta vez ela pudesse dizer algo diferente:
“Podemos nos encontrar hoje à noite? Preciso falar com você. Sério.”

Apenas para fins ilustrativos. | Fonte: Midjourney
Aquela palavra — sério — ficou como uma pedra no meu estômago. Eu sabia o que isso significava. Já vi isso muitas vezes para fingir que é outra coisa.
Então o pequeno sino acima da porta do café tocou e eu olhei para cima. Ethan, você é um cara legal. Ele parou na entrada e examinou a sala como se não tivesse certeza se eu apareceria.
Seus olhos encontraram os meus e por um segundo ele congelou.
Então ele caminhou em minha direção, com passos lentos, quase incertos. Ele não sorriu. Ele nem disse meu nome.
“Ei”, ele murmurou, sentando-se na cadeira à minha frente. Ele não tirou o casaco. Seus olhos vagaram por todos os lugares, menos pelo meu rosto.

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“Como foi o seu dia?”
Eu me forcei a sorrir educadamente, mesmo sentindo um aperto no peito.
“Ótimo. Fiquei bastante curioso sobre o que seria essa conversa séria.”
Ele se remexeu na cadeira e puxou a borda da mesa.
“Sim… Escute, Rachel, já faz quase dois meses e as coisas estão ficando sérias e eu acho…”
“Você está terminando comigo”, eu disse, interrompendo-o antes que ele pudesse terminar.
Ele piscou e ficou surpreso. “Uau. Isso foi rápido.”

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Olhei para minhas mãos. Eles tremeram. Enrolei-o novamente no copo e me acalmei.
“Você não tem ideia de quantas vezes eu tive essa conversa”, sussurrei, principalmente para mim mesma.
“O que foi dessa vez? O que há de errado comigo?”
“Não é sua culpa”, ele começou com uma voz suave e estranha.
Levantei-me e empurrei gentilmente a cadeira para trás.
“Não nos deixe. Apenas deixe…”
Eu não queria ouvir o resto. Eu já conhecia o roteiro.

Apenas para fins ilustrativos. | Fonte: Midjourney
Quando saí, não olhei para trás. Eu não queria ver o rosto dele nem o café intocado na frente dele. Eu não queria sentir a esperança morrendo novamente.
Outra despedida. Outro final silencioso.
Meia hora depois, eu estava encolhida no sofá de Abby, com os joelhos dobrados em direção ao peito e o rosto enterrado em um travesseiro macio que cheirava ao seu sabonete de lavanda.
Minhas lágrimas encharcaram o tecido, mas não me importei.
Tudo dentro de mim parecia estar se quebrando novamente, como se uma pequena rachadura que nunca havia cicatrizado estivesse se abrindo novamente.

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“Eu simplesmente não entendo”, eu disse entre soluços, minha voz abafada.
“Cinco relacionamentos em dois anos. Todos começam bem, e então — bum — eles se foram. Como se eu os tivesse assustado.”
Abby sentou-se ao meu lado e acariciou gentilmente minhas costas com a mão.
“Homens… Rachel. Eles mentem. Eles trapaceiam. E quando não conseguem lidar com alguém tão inteligente e gentil quanto você, eles fogem.”
Funguei e virei o rosto para ela.
A luz da lâmpada suavizava suas feições, quase angelicais, como uma voz calma no meio de uma tempestade. Eu queria acreditar nela. Eu realmente queria isso.

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“Não sei”, sussurrei. “É sempre a mesma coisa. Eles recuam, sem razão. Todos dizem que não estão prontos. Como se estivessem lendo o mesmo roteiro triste.”
“Talvez eles sejam apenas escória”, disse Abby com firmeza. “Você merece algo melhor.”
Assenti com a cabeça, cansado, mas algo no fundo do meu peito ainda doía, como uma farpa que eu não conseguia alcançar.
Suas palavras eram doces e gentis, mas não conseguiam resolver a questão que estava martelando na minha cabeça. E se não forem? E se for eu?
Naquela noite, deitei na beirada da cama, balançando as pernas, mordendo o polegar e olhando para o chão.
O apartamento estava silencioso, exceto pelo zumbido da geladeira. Eu não conseguia dormir. Meus pensamentos não paravam.

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Peguei meu laptop, esperando que talvez me ver da maneira como os outros me veem ajudasse. Abri o Instagram.
Depois o Facebook. Até meu antigo Tumblr, empoeirado e cheio de citações dos meus tempos de faculdade. Tudo parecia normal. As mesmas fotos, as mesmas piadas, as mesmas memórias.
Então digitei meu nome no Google, quase que instintivamente.
Foi lá que eu encontrei.
Um perfil de namoro. Com meu nome. Meu rosto.
Mas não era meu.
Com o coração batendo forte, cliquei nele. Minha foto. Outro. Até mesmo uma do meu dormitório na faculdade. Uma que nunca postei em lugar nenhum.

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Um currículo falso me encarou, cruel e cortante:
“Eu troco de homens como se fossem luvas. Eles são tão estúpidos que nem percebem.”
Meu estômago revirou. Eu não conseguia respirar.
Quem faria uma coisa dessas?
Enviei uma mensagem imediatamente para Abby.
Ela respondeu imediatamente: “Que diabos!? Quem poderia ter feito isso?”
Então me dei conta. Como um soco no estômago.

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Três anos atrás. Foi aí que tudo começou.
Três anos atrás… Colin.
Colina.
Só de pensar em seu nome minha pele se arrepiou. Meu amigo de faculdade. Nós duramos mais do que qualquer outra pessoa com quem eu já estive. Anos.
Ríamos à noite enquanto estudávamos, dávamos as mãos entre as aulas e sussurrávamos planos para o futuro.
Mas em algum momento começamos a querer coisas diferentes. Pelo menos foi o que Abby disse. Se ela achava que não éramos feitos um para o outro, eu acredito nela.
Eu queria crescer. Ele queria que tudo permanecesse igual. Então eu fui embora. E ele não aceitou isso bem.

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“Sou eu, Colin”, escrevi para Abby. Meus dedos tremiam enquanto eu digitava. “Deve ser ele. Vou até lá.”
Sua resposta veio rapidamente: “Rachel, não. Essa é uma má ideia!”
Mas já era tarde demais.
Meu carro parecia dirigir sozinho. Eu ainda me lembrava da rua dele, do prédio dele, do número do apartamento que estava gravado na minha memória.
Estacionei sem pensar, bati a porta com mais força do que pretendia e subi os degraus de dois em dois.
Quando cheguei à porta dele, parei por um segundo, meu coração batendo forte nos ouvidos. Uma pequena parte de mim esperava que ele tivesse se movido, que outra pessoa abrisse. Bati na porta. A porta rangeu ao abrir.

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E lá estava ele.
Colin parecia mais velho. Rugas se formaram em sua testa e sombras eram visíveis sob seus olhos. Mas ele continuava o mesmo. O mesmo sorriso torto, os mesmos olhos gentis.
“Raquel?” ele disse, piscando surpreso. “O que você está fazendo…?”
Não o deixei terminar. Levantei meu telefone, tremendo de raiva. “Você fez isso. Certo?”
Suas sobrancelhas franziram. “O que é aquilo?”
“Não minta para mim!” Minha voz falhou. “Esse perfil nojento! Você arruinou minha vida!”
Ele deu um passo para trás e olhou para a tela. “Eu nunca vi isso antes, Rachel. Juro.”

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Aproximei o telefone do rosto dele. “Você queria me punir. Porque eu te deixei. Admita.”
Sua expressão se suavizou e sua voz ficou mais baixa.
“Rachel, acalme-se. Por favor! Deixe-me ajudá-la. Se isso for falso, podemos verificar o endereço IP. Isso mostrará onde foi criado.”
Eu pisquei. “O que?”
“Sempre há uma pista”, disse ele. “Quem criou isso deixou uma marca na internet.”
Eu hesitei. Eu não queria confiar nele, mas não tinha mais nada. “Bom.”
Ele me levou até sua antiga mesa. A mesma que sempre aprendi quando estávamos juntos. Ele abriu o laptop, digitou rapidamente e clicou em telas que eu não entendia.

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Então ele fez uma pausa.
“Pronto”, ele disse, virando a tela para mim.
O endereço IP. Eu não sabia os números. Mas então ele me mostrou o local vinculado.
Fiquei olhando para ele.
Era a casa da Abby.
A campainha tocou.
Colin e eu estremecemos um pouco. O som cortou a sala como uma faca. Olhamos um para o outro com os olhos arregalados e permanecemos em silêncio.

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Depois volte para a porta. Meu coração batia mais rápido, uma batida constante no meu peito.
Eu me movi lenta e cuidadosamente, abrindo a porta apenas alguns centímetros.
Abby ficou ali parada.
Ela estava usando sua jaqueta jeans favorita, aquela com um pequeno rasgo na manga. Seu cabelo estava um pouco bagunçado e seus olhos não descansavam.
Eles passaram correndo por mim, direto para Colin, que estava parado no fundo.
“Vim te buscar”, ela disse, curvando os lábios em um sorriso fino que não alcançou seus olhos.
“Você não deveria estar aqui com ele.”

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Fiquei olhando para ela por um momento e depois me afastei. “Entre, Abby.”
Ela entrou devagar e com cuidado, como alguém pisando em um lago congelado. Seu olhar percorreu a sala — as paredes, o chão, Colin — e depois voltou para mim.
Algo nela estava inquieto, não estava certo.
Virei-me para ela, com as mãos cerradas em punhos ao lado do corpo. “O perfil falso…” Minha voz tremeu. “Foi criado com seu endereço.”
Ela congelou e piscou rapidamente. “O quê? Isso é ridículo.” Ela se virou para Colin e sua voz ficou mais alta. “Ele está mentindo, ele está tentando enganar você!”

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Eu retruquei: “Colin nem sabe usar metade desses aplicativos. Ele mal verifica o e-mail. Era você. Você arruinou todos os relacionamentos que eu tive.”
Ela abriu a boca como se fosse discutir, mas então parou. Seus lábios tremeram. Ela parecia um balão inflando.
“Eles não eram adequados para você”, ela disse calmamente.
Senti as palavras me atingirem de forma brusca e fria. “O que?”
“Você merece alguém que realmente te veja”, Abby sussurrou. “Alguém que seja como eu.”
Fiquei sem fôlego. Dei um passo para trás e balancei a cabeça. “Abby… você está apaixonada por mim?”

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Lágrimas escorriam pelo seu rosto. Sua voz falhou.
“Eu não queria te machucar. Eu só queria que você parasse de perseguir homens que nunca vão ficar. Eu pensei… quando eles fossem embora, você me veria.”
Minha voz caiu para um sussurro. “Isso… isso não é amor. Isso é controle. Você tirou tudo de mim.”
Abby chorou ainda mais e cobriu a boca com as mãos. “Você verá! Um dia você perceberá que estou certo!”
Olhei para ela e fiquei dividido entre tristeza e raiva. “Saia daqui.”
Ela não se moveu.
“Agora.”

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Ainda chorando, ela se virou lentamente, caminhou até a porta, e eu a fechei atrás dela com um clique suave que soou mais alto do que qualquer outra coisa no quarto.
Desabei no sofá de Colin, minhas pernas cedendo como se finalmente tivessem se cansado.
Meu corpo tremia e minha cabeça ainda girava.
“Ela era minha melhor amiga”, eu disse com a voz quase sem fôlego. As palavras pareciam pesadas, como se eu estivesse dizendo adeus a algo maior do que apenas ela.
Colin sentou-se ao meu lado sem dizer uma palavra. Ele não fez nenhuma pergunta. Ele não tentou resolver o problema.

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Depois de um momento, seu braço pousou gentilmente em meus ombros. Eu não recuei. Inclinei-me contra ele e deixei-me sentir a batida constante do seu coração e o calor do seu corpo contra o meu. Até então, eu não tinha percebido o quanto sentia frio.
“Sinto muito”, ele sussurrou em voz baixa e suave.
Virei a cabeça e olhei para ele. “Você acreditou em mim. Quando ninguém mais acreditaria.”
Ele assentiu brevemente para mim. “Naturalmente.”
Não nos falamos por muito tempo.
O silêncio entre nós não era desconfortável — era reconfortante, como o tipo de silêncio que somente duas pessoas que passaram pelo inferno podem compartilhar.

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Eu não sabia o que isso significava. Talvez não desse em nada. Talvez Colin e eu fôssemos apenas duas pessoas quebradas, sentadas em silêncio, tentando recuperar o fôlego.
Mas talvez… só talvez… houvesse algo entre nós que não tivesse morrido.
Através da janela o céu brilhava em tons suaves de dourado e laranja. A luz tocava tudo suavemente.
E pela primeira vez em anos, senti algo que pensei ter perdido.
Ter esperança.
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Este artigo foi inspirado em histórias da vida cotidiana de nossos leitores e escrito por um autor profissional. Qualquer semelhança com nomes ou lugares reais é mera coincidência. Todas as imagens são apenas para fins ilustrativos. Compartilhe sua história conosco; talvez isso mude a vida de alguém. Se você quiser compartilhar sua história conosco, envie para info@amomama.com .
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