

Quando minha irmã apareceu sem avisar, mala na mão e problemas nos olhos, eu sabia que minha noite tranquila tinha acabado. Mas eu não estava preparada para o que viria a seguir — seu flerte descarado com meu namorado. Enquanto ela girava seu espaguete e piscava os cílios, percebi que não era apenas uma visita. Era um jogo.
Eu tinha acabado de me acomodar no sofá com uma bebida, afundando nas almofadas, quando a campainha tocou.
O som cortou o silêncio, me fazendo estremecer. Franzi a testa. Não estava esperando ninguém.
Da cozinha, Noah cantarolava uma música antiga dos anos 90 enquanto mexia uma panela de molho de macarrão.
O cheiro de alho e tomate enchia o ar, envolvendo-me como um abraço caloroso.
Eu estava ansioso por uma noite tranquila, só nós dois, um jantar simples, talvez um filme.
Coloquei meu copo na mesa e fui até a porta, já me preparando para a decepção.

Apenas para fins ilustrativos. | Fonte: Midjourney
Quando eu a abri, lá estava ela — Emma. Minha irmã mais nova.
Seu cabelo loiro estava mais longo do que eu me lembrava, caindo sobre os ombros em ondas soltas e naturais.
Sua pele estava impecável, brilhando como se ela tivesse acabado de voltar de férias na praia.
Ela cheirava a perfume caro de baunilha, do tipo que ela costumava roubar de testadores de lojas de departamento quando éramos adolescentes. Algumas coisas nunca mudam.
“Surpresa!”, ela disse, sorrindo enquanto dava um passo à frente, arrastando uma mala grande e enorme atrás dela.
Eu pisquei. “Emma?”

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Ela passou por mim e entrou no apartamento como se fosse a dona do lugar, jogando a bolsa na mesa da entrada.
“Achei que seria melhor ficar aqui um pouco. Você não se importa, não é?”
Eu me importei totalmente.
Fechei a porta, meus dedos apertando a maçaneta. “Emma, você podia ter ligado antes.”
Ela acenou com a mão desdenhosamente, já se acomodando. “Onde está a graça nisso?”
Abri a boca para discutir, mas antes que eu pudesse dizer uma palavra, ela cheirou o ar dramaticamente, com os olhos brilhando.
“Ooooh, o que cheira tão bem?” ela perguntou, inclinando a cabeça em direção à cozinha.

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Eu segui o olhar dela.
Noah se virou, com uma colher de pau na mão, o cabelo escuro levemente bagunçado e a camiseta salpicada com pequenas manchas de molho de tomate.
Ele parecia encantador e sem esforço algum, e eu vi o exato momento em que Emma também percebeu.
Ele sorriu, fácil e educado.
“Essa seria minha marinara de assinatura.” Ele limpou as mãos em um pano de prato, se aproximando. “E você deve ser Emma.”
Os lábios de Emma se curvaram em algo quase um sorriso.

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O olhar dela viajou sobre ele lentamente, como se ela o estivesse avaliando. Ela inclinou a cabeça, deixando o cabelo cair apenas assim.
“E você deve ser o famoso Noé”, ela disse, alongando o nome dele como se fosse algo para saborear.
“Mia me falou tanto sobre você.”
Eu não lhe contei quase nada.
Eu a observei enquanto ela lhe lançava seu melhor e mais charmoso sorriso, aquele que geralmente lhe dava tudo o que queria. Um pequeno poço de desconforto se instalou em meu estômago.
Isso seria um problema.

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O jantar foi desconfortável. Eu esperava que fosse — sempre era quando Emma estava por perto. Ela tinha um jeito de transformar as situações mais comuns em algo teatral, algo com tensão logo abaixo da superfície, como uma peça que só ela estava encenando.
Ela sentou-se em frente a Noah, girando o espaguete lentamente no garfo, observando-o com o mesmo interesse preguiçoso que costumava mostrar aos garçons em restaurantes chiques quando queria uma sobremesa grátis.
Cada movimento era deliberado. Calculado.
Ela enfiou o garfo na boca, lambeu um pouco de molho de tomate da ponta e então inclinou a cabeça.

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“Então, Noah”, ela disse, arrastando o nome dele como se fosse algo doce em sua língua. “O que você realmente faz?”
Noah levantou os olhos do prato, mastigando pensativamente. “Sou advogado”, ele disse. “Principalmente contratos e direito corporativo.”
Emma se inclinou levemente, apoiando o cotovelo na mesa e o queixo na mão.
“É, é, eu sei disso. Mas você é do tipo que usa terno e gravata? Ou você tem um lado rebelde?”
Ela levantou uma sobrancelha, como se estivesse imaginando algo completamente diferente.
Noah riu e balançou a cabeça.

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“Eu uso terno. Mas não acho que isso seja considerado rebeldia.”
Os olhos de Emma brilharam e seus lábios se curvaram em um sorriso brincalhão.
“Mmm. Eu sempre amei homens de terno.”
Lancei-lhe um olhar. Um aviso claro e silencioso. Ela o ignorou, girando outro pedaço de macarrão.
“Então”, ela continuou, sem se deixar abater, “algum caso louco? Tipo, você já defendeu um chefe da máfia? Ou talvez alguma femme fatale acusada de assassinato?”
Noah sorriu, divertido com o entusiasmo dela. “Desculpe desapontá-la. Principalmente, apenas disputas contratuais chatas e negociações corporativas.”

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Emma suspirou dramaticamente, fazendo beicinho falso.
“É uma pena. Aposto que você seria incrível em um julgamento escandaloso. Você tem toda aquela coisa de ‘calmo e no controle’ acontecendo. Eu posso ver isso totalmente — Noah, o advogado de língua afiada e prático, conquistando o tribunal com puro charme.”
Limpei a garganta. “Emma”, eu disse, interrompendo sua performance, “quanto tempo você planeja ficar?”
Ela acenou com a mão descuidadamente, como se minha pergunta fosse uma reflexão tardia. “Não sei. Eu precisava de uma pausa de LA. As coisas ficaram… complicadas.”
Eu não perguntei. Eu não precisava.

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Eu conhecia Emma bem o suficiente para entender que “complicado” significava que ela tinha se ausentado demais em outro lugar ou se envolvido em algo complicado — algo sobre o qual ela não estava pronta para falar.
Debaixo da mesa, a mão de Noah encontrou a minha. Ele deu um aperto suave, uma garantia silenciosa de que eu não estava exagerando, que ele estava aqui comigo .
Emma viu. Ela notou tudo. Seus lábios se curvaram levemente enquanto ela dava outra mordida lenta e deliberada no espaguete.
De repente, não senti mais fome.

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Na manhã seguinte, eu me arrastei para a sala de estar, meu café fumegando na minha mão, ainda meio adormecido. Mas a visão na minha frente me acordou.
Emma estava esparramada no sofá como um gato preguiçoso, vestindo uma das camisetas de Noah — não a minha, mas a dele .
O tecido grande mal cobria a parte superior de suas coxas, e ela se espreguiçava como se estivesse de férias, com as pernas nuas se curvando sob o corpo.
Ela tinha um jeito de se sentir confortável em lugares que não eram dela.
“Onde está Noah?”, ela perguntou, bocejando, como se aquela fosse sua casa e ele fosse sua preocupação.

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Tomei um gole lento do meu café, observando-a. “No trabalho”, eu disse sem rodeios. “Como uma pessoa normal numa manhã de terça-feira.”
Ela sorriu, imperturbável. “Relaxa. Eu só estava perguntando.”
Sentei-me na cadeira em frente a ela, colocando minha caneca com um pequeno tilintar . “O que exatamente você está fazendo aqui, Emma?”
Ela fez beicinho, pressionando uma mão no peito. “O quê, não posso visitar minha irmã favorita?”
Arqueei uma sobrancelha, esperando.

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Ela sorriu. “Ok, ok. Eu estava meio que esperando por um novo começo. E eu juro , eu vou ser boazinha dessa vez. Sem drama.”
Eu não acreditei nela.
Mais tarde naquela noite, quando Noah chegou em casa, o cheiro de alho assado e molho fervendo tomou conta do apartamento.
Eu estava prestes a chamá-lo quando a vi: Emma, empoleirada no balcão da cozinha, pernas cruzadas, usando um top decotado.
Ela sorriu como se estivesse esperando por esse momento.
“Ei, estranho”, ela ronronou.

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Noah mal olhou para cima enquanto colocava as chaves no chão. “Ei, Emma. Uh, onde está Mia?”
Dei um passo à frente, bem a tempo de vê-la jogando o cabelo por cima do ombro.
“Oh, ela está no chuveiro”, ela disse, sua voz toda melosa e travessa. “Somos só nós por enquanto.”
Meu maxilar ficou cerrado.
“Não mais”, eu disse.
Emma virou a cabeça, seu rosto suave, despreocupado. “Oh, Mia!” ela arfou levemente. “Não ouvi você aí.”
Mentiroso.
Na sexta-feira, Emma transformou seu joguinho em uma forma de arte.

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Cada olhar, cada risada, cada toque casual era medido, cuidadosamente colocado para parecer inocente — apenas o suficiente para me fazer duvidar de mim mesmo, apenas o suficiente para me fazer questionar se eu estava imaginando aquilo.
Ela ria muito das piadas de Noah, mesmo as que não tinham graça.
Ela se inclinou quando falou com ele, as pontas dos dedos roçando o braço dele como se ela tivesse o direito de tocá-lo. E a pior parte? Noah não pareceu notar.
” Noey “, ela o chamava agora, como se eles tivessem alguma piada particular da qual eu não participasse. Eu cerrava os dentes toda vez que ouvia isso.

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Tentei ignorar. Disse a mim mesmo que ela estava apenas sendo Emma — paqueradora, dramática, sempre desejando atenção. Mas naquela noite, enquanto estávamos sentados no sofá assistindo a um filme, ela foi longe demais.
Em vez de sentar na cadeira como fazia em todas as outras noites, ela se enfiou entre nós, acomodando-se tão perto de Noah que nossos braços mal tinham espaço no sofá.
Noah, alheio como sempre, pegou o cobertor jogado sobre o braço da cadeira e estendeu para ela. “Você está com frio?”
Os lábios de Emma se curvaram em um sorriso lento. “Um pouco”, ela disse, os olhos passando rapidamente para mim por apenas um segundo antes de se virarem para ele. “Acho que só preciso de alguém para me manter aquecida.”

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Foi isso.
Peguei o controle remoto e desliguei a TV. O silêncio repentino fez o ambiente parecer menor.
“Emma. Cozinha. Agora.”
Ela soltou um suspiro longo e exagerado, como se eu a estivesse afastando de algo divertido, mas ela me seguiu mesmo assim.
No segundo em que entramos na cozinha, eu me virei para encará-la. “O que diabos você está fazendo?”
Ela piscou, fingindo inocência. “O que você quer dizer?”
Cruzei os braços. “Você sabe exatamente o que quero dizer.”

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Emma sorriu, inclinando a cabeça levemente. “Mia, relaxa. Só estou sendo amigável.”
“Muito amigável.”
A expressão dela não mudou. “E daí se eu gostar do Noah?”, ela perguntou, sua voz quase provocante.
“Não é como se eu pudesse evitar se temos química.”
Olhei para ela, minhas mãos se fechando em punhos ao meu lado. “Vocês não têm química, Emma. Você tem o hábito de querer coisas que não são suas.”
Seu sorriso vacilou por meio segundo antes que ela o substituísse por algo mais cortante.
“Talvez se você não fosse tão chato , não teria tanto medo de uma pequena competição.”

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Fiquei sem fôlego, a raiva borbulhando tão rápido que eu podia sentir meu pulso nos ouvidos.
Essa era a clássica Emma: transformar tudo em um jogo, forçando-a o suficiente para ver se conseguia me quebrar.
“Você precisa ir embora”, eu disse, com a voz trêmula, não de medo, mas de fúria.
Os lábios de Emma se curvaram em um sorriso lento e preguiçoso. “Você está falando sério de me expulsar por causa disso?”
“Sim.”
Pela primeira vez, seu sorriso vacilou. “Mia, vamos lá. Eu só estava brincando.”
“Não, você não estava”, eu disse firmemente. “E você sempre faz isso. Não dessa vez. “

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Ela me encarou por um longo momento, então soltou outro suspiro — desta vez mais pesado, quase resignado.
“Tudo bem. Tanto faz. Eu vou.”
Ela se virou, pegando sua mala no corredor, seu rosto ilegível. Quando chegou à porta, ela hesitou apenas por um segundo.
“Você está exagerando, sabia?”, ela disse, com a voz monótona.
Não respondi. Fiquei ali parado, observando-a sair.
E dessa vez eu não a impedi.
Quando a porta finalmente se fechou atrás de Emma, soltei um suspiro trêmulo e meu corpo inteiro cedeu de alívio.
O apartamento parecia estranhamente silencioso sem ela, como se o ar finalmente tivesse clareado depois de uma tempestade.

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Noah apareceu na porta, com a testa franzida. “Mia?” Sua voz era suave, cuidadosa.
“Você está bem?”
Eu encontrei seu olhar, e de repente, me senti drenado, como se cada grama de energia tivesse sido espremida para fora de mim. Eu não me sentia apenas cansado — eu me sentia acabado .
Ele se aproximou, afastando uma mecha solta de cabelo do meu rosto, seu toque era leve e firme.
“Você sabe que não precisa competir, certo?” ele murmurou.
“Sempre foi você.”
Algo dentro de mim se soltou. Soltei uma risada pequena e ofegante, a tensão no meu peito aliviando um pouco. “É. Eu sei.”
E pela primeira vez eu realmente acreditei.

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